domingo, 1 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
A Gravidez e os Medicamentos
Durante a gravidez, especialmente durante os primeiros três meses, tente evitar o uso de toda a medicação, a não ser que prescrita pelo seu médico. O consumo de bebidas alcoólicas e de tabaco não está também recomendado na mulher grávida.
Não se pode afirmar com certeza que um fármaco é absolutamente seguro para uso durante a gestação. Em muitos casos faltam ainda estudos que comprovem com mais segurança que o medicamento realmente não pode causar danos ao feto. O facto de não haver estudos que associem o uso do fármaco a riscos para o feto não significa que este risco não exista e venha a ser conhecido futuramente. Mas isso não quer dizer que gestantes não possam usar medicamento algum.
Há muitos medicamentos já estudados há bastante tempo e considerados seguros, que podem, portanto, ser utilizados por gestantes. Entre estes medicamentos encontram-se alguns analgésicos, alguns antibióticos e preparações de uso tópico em geral.
Mulheres grávidas podem adoecer durante este período ou ter doenças pré-existentes que podem e devem receber tratamento. Não tratar uma gestante doente, também pode ser prejudicial ao feto. Os problemas que podem afectar as gestantes e que precisam de ser tratados são:
- Diabetes,
- Depressão,
- Condições psiquiátricas,
- Hipertensão,
- Infecções em geral,
- Epilepsia,
- Doenças reumáticas, etc.
Cada mulher deve ser avaliada individualmente pelo seu médico para verificar a indicação correcta de qualquer medicamento.
Consulte SEMPRE o seu médico ou o SIAT antes de usar qualquer medicamento, mesmo sendo medicamentos considerados naturais ou à base de plantas – estes também podem causar danos.
ASPIRINA

Pesquisas ligaram a aspirina a diversas complicações na gravidez .
Alguns estudos demonstraram que a ingestão de aspirina adulta durante as tentativas de engravidar, e no início da gestação estava associada a um risco maior de aborto espontâneo.
Alguns cientistas acreditam que doses altas de aspirina na gravidez podem afectar o crescimento do bebé e até elevar ligeiramente o risco de descolamento da placenta onde parte da placenta poderá separar-se do útero.Quando tomada em dose adulta no final da gestação, a aspirina pode:
- Retardar o parto,
- Aumentar o risco de problemas cardíacos,
- Pulmonares no recém-nascido,
- Sangramentos.
TALIDOMIDA

Este fármaco deixou de ser receitado às mulheres grávidas porque provoca importantes defeitos de nascença.
Foi introduzido na Europa em 1956, como tratamento para a gripe e como sedativo.
Em 1962, descobriu-se que, se as gestantes tomassem talidomida quando os órgãos do feto ainda estavam em desenvolvimento, produziam no feto:
- Anomalias congénitas,
- Desenvolvimento incompleto dos braços e das pernas,
- Malformações do intestino,
- Coração,
- Vasos sanguíneos.
Antibióticos
O tratamento com antibióticos durante a gravidez é uma fonte potencial de problemas.
As tetraciclinas atravessam a placenta e acumulam-se nos ossos e nos dentes do feto, onde se combinam com o cálcio. Resultando:
- No retardamento do crescimento ósseo,
- Os dentes do recém-nascido podem tornar-se definitivamente amarelos e o esmalte dentário pode ser mole e anormalmente susceptível às cáries. O risco de anomalias dentárias é mais elevado desde o meio até ao fim da gravidez.
Como existem vários antibióticos alternativos que não implicam qualquer risco, durante a gravidez evitam-se as tetraciclinas.
A administração de antibióticos como a estreptomicina ou a kanamicina durante a gravidez pode:
- Lesar o ouvido interno do feto,
- Provocar surdez.
O cloranfenicol não danifica o feto, mas provoca uma grave doença no recém-nascido conhecida como síndroma do bebé cinzento.
A ciprofloxacina não deverá ser tomada durante a gravidez porque foi provado que nos animais provoca anomalias nas articulações.
A maioria dos antibióticos com sulfonamida, administrados no final da gravidez, podem fazer com que o recém-nascido contraia icterícia, provocando uma lesão cerebral.
No entanto, existe um antibiótico com sulfonamida, a sulfasalazina, que muito raramente provoca este problema.
Fármacos utilizados durante o parto
Os anestésicos locais, os opiáceos e outros analgésicos normalmente atravessam a placenta e podem afectar o recém-nascido:
- Debilitando a sua capacidade respiratória.
Por isso, se for necessário utilizar fármacos durante o parto, só administrados em dose pequenas.
Analgésicos opiáceos e anti-inflamatórios não esteróides
Os analgésicos opiáceos e os anti-inflamatórios não esteróides (AINE), como a aspirina, chegam ao feto em quantidades significativas se forem ingeridos por uma mulher grávida. O
Os filhos de mulheres dependentes dos analgésicos narcóticos (opiáceos) podem tornar-se toxicodependentes antes do nascimento, e mostrar sintomas de privação entre as 6 horas e os 8 dias depois do parto.
A ingestão de grandes doses de aspirina ou de outros AINE durante a gravidez pode:
- Atrasar o início do parto,pode provocar o encerramento no feto, antes do nascimento, do canal (ductus arteriosus) que liga a aorta e a artéria pulmonar (a artéria que leva o sangue aos pulmões). Este canal, normalmente, fecha-se imediatamente após o parto. O seu fecho prematuro obriga o sangue a circular através dos pulmões, que ainda não se expandiram, e em consequência, produz-se uma sobrecarga do sistema circulatório do feto.
Quando são administrados no fim da gravidez, os fármacos anti-inflamatórios não esteróides, reduzem a quantidade de líquido amniótico, ou seja, o líquido que rodeia o feto em desenvolvimento e que se encontra dentro do saco amniótico; causando perigo ao feto e à mãe.
Se forem tomadas grandes doses de aspirina, podem produzir-se hemorragias na mãe ou no recém-nascido. A aspirina, como outros salicilatos, pode aumentar:
- Os níveis de bilirrubina no sangue do feto, provocando icterícia e, por vezes, lesões.
Ansiolíticos e antidepressivos
Os ansiolíticos provocam anomalias congénitas quando são administrados durante o primeiro trimestre da gravidez.
A maioria dos antidepressivos parecem ser bastante seguros se forem usados durante a gravidez, mas o lítio pode provocar anomalias congénitas, principalmente no coração.
Os barbitúricos, como o fenobarbital, administrados a uma mulher grávida, têm tendência para reduzir:
- A icterícia ligeira que se observa nos recém-nascidos.